Análise – ‘Titanfall 2’ mostra que ainda há diferenciais no gênero

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Categoria: Artigos, Games, PC, PS4, Review, XBOX ONE

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Administrando problemas passados, apresentando um mundo recheado de robôs gigantes que manejam espadas elétricas, soldados de elite e uma ambientação lindíssima ao lado de uma história envolvente, sequência mostra a que veio:

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Originalmente lançado em março de 2014, e com uma proposta bem diferente de outros shooters do mercado apostando em uma fórmula que trouxesse de volta toda glória dos monstros de aço envoltos de uma ação frenética e rápida – Titanfall tinha um conceito interessante -, embora sua execução não tenha agradado a tantos jogadores como poderia.

Com um multiplayer que inicialmente chamou muito a atenção mas logo caiu no esquecimento, a Respawn Games (fundada por Jason West e Vince Zampella que trabalharam na série COD antes de 2010) resolveu dar uma nova chance e mostrar a que veio, e o resultado excedeu nossas expectativas.

Cooper e seu Titã

Começando por uma das maiores reclamações feitas ao primeiro título, em Titanfall 2 temos a tão pedida campanha para um jogador: no controle do fuzileiro Jack Cooper, somos jogados em uma narrativa que começa com alguns clichês mas acaba nos entregando sensações que definitivamente não eram de se esperar principalmente em uma época onde tantos títulos se apegam ao superficial.

Podemos falar que a história principal não é perfeita, e sim apresenta muitas falhas – mas houve uma preocupação tão grande em não só incorporar uma boa história além de um relacionamento entre piloto e titã, como uma verdadeira apresentação ao universo em que estamos imergidos.

Temos aqui uma grata mistura entre uma boa história (9 capítulos) com momentos marcantes, ao lado de cenários espaçosos que permitem uma ação extremamente ágil fazendo com o que jogador se acostume ao que virá logo em seguida no modo multiplayer. Espere por muitos tiros, alguns quebra-cabeças, muita corrida e opções de diálogos que não fazem uma grande diferença, mas estão ali.

Visuais

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Ao longo de 6 capítulos proporcionando cerca de 6 horas de campanha, foi possível trafegar por mapas diversos que definitivamente nos mostraram o quão belo o título pode ser, seja em instalações fechadas, florestas ou grandes campos – tudo converge em uma mesma estética visual incluindo paletas de cores que nos fazem lembrar de cara o game que estamos tratando. Una isso a uma ação rodando a 60 frames por segundo e temos o ecossistema perfeito para a diversão.

Ponto negativo somente para as expressões faciais, que ainda estão muito fracas tirando um pouco a imersão e a importância de algumas cenas.

É do Brasil!

Dentre os pontos levantados acima, é importantíssimo ressaltar o fato de termos o game totalmente dublado em português brasileiro – isso tanto nas vozes quanto nos textos durante sua jornada. Com um bom trabalho e um elenco de vozes que consegue transmitir a emoção das cenas, é necessário dar os devidos créditos à Warner Bros. que dessa vez acertou. Todavia, caso os jogadores queiram uma experiência ainda mais rica, ligar as legendas e deixar o áudio original é sempre uma opção.

Dominando o multiplayer

É dito que o principal chamariz de Titanfall 2 mora em seu modo para vários jogadores, e é realmente difícil negar isso. Com muitos balanceamentos feitos em sua mecânica, introdução de armas novas e um sistema extremamente competente de customização de personagem e titã, é realmente muito difícil encontrar um jogador que tenha a mesma aparência que você ao longo da jogatina.

São 7 classes de pilotos ao lado de 7 titãs com habilidades únicas e embarcando características distintas. Destaque para o titã Ronin, uma máquina implacável que carrega uma shotgun e uma espada ao maior estilo samurai futurista.

Dentre os modos de jogos, devemos destacar o Amped Hardpoint (6v6) focado na captura de zonas, o Pilots vs Pilots (8v8) focado no embate sem titãs, Bounty Hunter (5v5) onde ambas as equipes confrontam IAs, e o famoso Free for All onde toda troca de tiro é permitida.

Concluindo, podemos ainda mencionar o novo sistema de Baterias presentes no título. Basicamente, todos os jogadores têm a possibilidade de se esgueirar em titãs e roubar tais baterias descarregando-os e inserindo os tubos em outros titãs para deixá-los ainda mais potentes. Tal adição cria um novo ritmo para os embates, deixando tudo ainda mais imprevisível e divertido.

Vale a pena?

Se você gostou do antecessor, tenha certeza que o novo título tem muito a acrescentar e certamente é uma compra segura. Se você for aficionado por filmes de robôs gigantes, temas sci-fi e uma pitada de cultura nipônica, o mesmo pode ser dito. Com uma história que compensa sua vinda embora repletas de clichês, uma jogabilidade incrivelmente prazerosa, a única falha aqui está por parte da EA em lançá-lo em uma época tão acalorada para os FPS.

Dito isso, se você se encaixa nos perfis listados acima, Titanfall 2 é uma compra certa com diversão totalmente garantida!

Nota 8.5

 

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