Análise – ‘Might & Magic Showdown’ une nostalgia e diversão de forma magistral

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Categoria: Artigos, Games, PC, Review

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O mais novo título da Ubisoft mantido em segredo traz à tona a magia das miniaturas ao lado de combates estratégicos e dinâmicos – incorporando a ação no tom certo em embates pra lá de competitivos – e acredite se quiser: tudo isso é extremamente divertido.

Desenvolvido por uma pequena equipe da Ubisoft Montreal, a mais nova proposta da companhia é um inovador game tático orientado ao PvP (Player Vs Player) colocando o jogador em um campo de batalha onde a melhor estratégia é a vencedora.

(é possível editar habilidades, alterar poses do personagem, renomeá-lo e colori-lo)

A principio, Might & Magic Showdown apresenta uma proposta simples e direta com regras claras e objetivas: você assume o controle de um herói (até o momento o jogo dispõe de 7 deles) – personagem com características pré-definidas com habilidades únicas – totalmente direcionado pelo jogador, isso é, você dita quem atacar ou que magias usar.

É possível inclusive evoluir seu herói e desbloquear novas habilidades e runas dando ao jogador mais estratégia, tal como ganhar nova skins e paletas de cores para colori-lo (há um sistema de customização bem interessante no game).

Ao lado disso, você tem ao seu dispor o que o game intitula como ‘criaturas’ (até o momento o jogo dispõe de 13 deles), nada mais que seus aliados – programados totalmente por você. Basicamente em Showdown há um sistema onde é possível customizar comportamentos, criando situações onde sua criatura poderá atacar o healer inimigo, tal como distrair o tanker ou até mesmo atacar o mais fraco – são dezenas de comportamentos básicos, com expansão para situações especificas onde a tática do jogador é dada à prova. Vence quem derrotar todos os inimigos rivais.

Fortemente inspirado por clássicos do tabuleiro, a Ubisoft estampa influências que aqui não só ditam o rumo das coisas como traz o sentimento de colecionismo como um dos pilares da jogabilidade. Você nitidamente está controlando miniaturas que tomam vida própria e devastam seus inimigos.

E é justamente neste sentimento de honestidade que encontramos a solução para um dos principais aspectos positivos aqui – você não está em um mundo medieval recheado de ambientes extremamente detalhados e imersivos, você está simplesmente… brincando, se divertindo, se estressando, e por fim levando ou não à sério como um título competitivo.

Não que ele tente ser menos severo do que devia, mas se tratar como um jogo (e isso inclui até mesmo notar as cadeiras do jogador no canto da câmera) é um mérito que poucos hoje almejam. A questão aqui é que – aliado à uma trilha gostosa de se ouvir enquanto prepara a melhor tática para derrotar aquele Dragão de Gelo que está controlando uma de suas criaturas, tudo converge para que você se sinta em casa, jogando um título nitidamente casual que não deve lhe tomar mais que 30 minutos para ter uma experiência satisfatória. Como dito anteriormente “uma proposta simples e direta”.

Tendo em mente tudo que afirmamos até agora, o próximo passo da série Might & Magic mostra flexibilidade – mas não pense que ‘brincar de miniaturas de combate’ é algo feio. Muito pelo contrário: sabendo o que quer, e o que é, Showdown apresenta gráficos de ponta imergindo o jogador em Dioramas (cenários) perfeitamente idealizados para ambientar com muita nitidez o que viria a ser uma sessão com pessoas reais.

Efeitos de iluminação, habilidades recheadas de efeitos, movimentação dos personagens e um verdadeiro ringue de combate medieval te espera com miniaturas extremamente detalhadas e com comportamentos únicos.

De toda forma, se a proposta é ser divertido com pouco – ser competitivo requere algo mais, e isso é atendido com muita sobriedade.

Para entender toda sagacidade de seus inimigos tal como combinações extremamente fatais que são possibilitadas através de sinergias que criam um verdadeiro combate com inúmeras táticas – o título lhe apresenta um modo de Campanha, onde em 3 modos (básico, avançado, expert) o jogador entenderá todas as mecânicas presentes.

Ao terminar todo ensinamento, o recheio do bolo é dado: o modo PvP. Com partidas 1v1, 2v2, 3v3 e 4v4 o nível de complexidade cresce astronomicamente uma vez que os jogadores têm acesso a várias táticas que podem ser extremamente diferentes. Não há muito o que dizer sobre o modo multiplayer uma vez que Showdown ainda está em em early-access (acesso antecipado) porém uma coisa é certa: a Ubisoft sabe criar playgrounds.

Crie personagens únicos

Liberdade promete ser outro alicerce do título. Comprovando isso, o modo ‘Paint Workshop’ vem para dar mais opções – agora não só pintando seus heróis e criaturas como incorporando ainda mais detalhes. Permitindo um nível de profundidade maior para criações, Might & Magic Showdown Paint Workshop será uma extensão ao jogo principal focada unicamente na personalização.

Cada jogador poderá criar 5 figuras únicas que poderão ser transportadas para o jogo base. Vale lembrar que tal o aplicativo só estará disponível entre os dias 19 de janeiro a 19 de fevereiro.

Nem tudo funciona tão bem assim

Apesar de todos os méritos que o título consegue, ainda há bastante a repensar – fundamentalmente acerca de suas especificações técnicas, um pouco demasiadas para uma proposta que talvez não justifique uma GTX 1060 para executar um tabuleiro com no máximo 8 peças no final das contas.

Embora Editor de Táticas funcione bem e consiga facilmente criar situações diversas para cada criatura, ainda parece que faltou um pouco mais de intuitividade.

Disponível através da Steam por US$ 19,99 talvez 20 miniaturas não consiga segurar bem o jogador por muito tempo.

Estamos diante de um game que carece de atualizações frequentes para permanecer fresco e interessante.

Vale a pena?

Com uma proposta diferente e com uma pegada indie de ser, Might & Magic Showdown mesmo ainda não representando o produto final dá aos jogadores um sentimento que dificilmente é possível hoje com tamanha bagagem de emoções.

Tendo uma jogabilidade acessível, bons visuais e alta gama de possibilidades, o título certamente é um daqueles casuais que você deve passar horas afundo com aquela velha desculpa de “só mais uma partida”.

Ainda que apresentando pequenos problemas técnicos, Showdown vem a público como um produto estável, mesmo que (por enquanto) com poucos personagens e recursos – é possível se divertir facilmente montando aquela combinação de estratégias que só você poderia conceber.

Nota: 8.0

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