E3 Talks | Segmento Indie recebe mais destaque na E3 2021 [+Entrevista exclusiva]

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Categoria: Artigos, Eventos, Games

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Durante a E3 2021, o mercado de games Indie recebeu mais atenção em comparação aos outros anos, confira a conversa que realizamos com o produtor de Moo Lander em uma entrevista exclusiva.

A Electronic Enteternaiment Expo, popularmente conhecida como E3, é um evento de exposição do segmento de vídeo games e reúne empresas e jornalistas de todo o mundo para trazer os principais lançamentos e acontecimentos do mercado. Considerada como um dos maiores eventos desse segmento, a E3 acontece anualmente em Los Angeles e, nas últimas edições, abriu espaço para o público geral, incluindo todos os produtores de conteúdo interessados no evento.

Neste ano, a feira aconteceu de modo remoto reunindo produtores e divulgadores em um espaço virtual permitindo a integração entre as partes e fazendo com que o evento cumprisse seu objetivo de divulgar as maiores novidades desde os jogos indies até grandes marcas como Sega e Nintendo. Com o encerramento do evento, muitos produtores tiveram a chance de mostrar seus projetos em andamento com muitos lançamentos previstos ainda para este ano.

O segmento indie marcou forte presença em todos os dias do evento e contou com empresas e idealizadores de todos os países que apresentaram suas ideias sempre com a qualidade necessária para estarem em um evento como a E3. Os jogos na modalidade MMO foram os mais populares nas conferências, seguido dos games com campanhas e histórias originais passando pelos jogos mobile oferecendo aos jogadores uma vasta opção de gêneros e estilos.

Um desses jogos que conta com um enredo um tanto bizarro é Moo Lander, que traz uma jogabilidade tradicional, gráfico de primeira qualidade atribuindo ao jogo uma identidade clássica, mas que não deixa de se atentar aos desejos dos jogadores. Todo o projeto é desenvolvido com muita percepção sobre o que seja aproveitar um jogo de aventura de forma que seja possível se divertir com a proposta ao mesmo tempo que preserva os elementos que ainda conquistam o coração tanto de jogadores mais casuais quanto daqueles que têm no vídeo game um estilo de vida definido pelo vídeo game. Moo Lander reúne aspectos técnicos aprimorados a partir de uma narrativa incomum fazendo com que os jogadores possam se divertir estando na pele de uma civilização não humana que está tentando reunir e armazenar a maior quantidade de leite possível para sobreviver.

Um dos fatores que mais se destacam ao jogar a demo, são os gráficos que exprimem muita inspiração e um grande senso de criatividade ao entregar fases coloridas e com arquiteturas que buscam representar um ambiente que não é o planeta Terra, mas depende de um elemento dele para existir. A equipe de desenvolvimento tomou por bases diversos jogos dos anos 90 e projetou no game uma sensação de conforto e visual enquanto traduz pelas formas e cores os espaços do planeta Marte onde a campanha acontece. A resolução gráfica é de ótima qualidade com texturas realistas dentro do próprio conceito aproveitando o melhor do motor Unity que vem mostrando grandes êxitos nas mãos de produtores ao redor do mundo. Dessa forma, os jogadores poderão conferir, já na demo, um game bonito e original misturando a sensibilidade dos designers com um tom de humor promovido pela ideia de usar vacas e leite para formar o enredo e a jogabilidade.

Ao tomar o controle dessa civilização em uma nave espacial, o objetivo será domar as vacas que contam com um ótimo sistema inteligência artificial e darão trabalho para terem seu leite coletado. A proposta de conseguir esse líquido necessário para a sobrevivência estará fortemente associada aos comandos que resgatam formas conhecidas de comandar personagens e executar ações. Movimentar a nave espacial pelos diferentes cenários vai exigir não só uma destreza com os controles como também passar saber passar por puzzles que o produtor classifica como “Ancient”, isto é, antigos no sentido de como desafios para jogos eletrônicos eram feitos no passado.

A qualidade sonora de Moo Lander também pode ser notada na demo e apresenta uma dublagem convincente dos extraterrestres, bem como uma boa trilha sonora para as fases que transmitem a sensação de exploração do desconhecido e de surpresas que estão por vir. É interessante notar como o jogo explora elementos diversos e ao mesmo tempo clássicos para entregar uma experiência de jogo que reflita com precisão a ideia que a produção tinha em mente. Neste sentido, Moo Lander consegue ser um jogo único mesmo sendo familiarizado com técnicas conhecidas, isso porque o fator inspiração dominou o desenvolvimento do jogo e se sobrepõe de forma autêntica garantido ao título uma percepção exclusiva de uma aventura interplanetária tendo no leite seu elemento essencial e de maior diferencial.

Com o intuito de trazer um conteúdo especial da E3 para o site, o Internerdz conversou com exclusividade com o produtor Nick Gaiov que está finalizando o projeto Moo Lander e contou detalhes sobre o desenvolvimento.

Entrevista

Renan: Moo Lander é um ótimo jogo 2D com ideias loucas e técnicas bem desenvolvidas. Como os produtores pensaram a ideia principal?

Nick: No início, pensamos em um conceito geral sobre um jogo em que vacas fossem abduzidas, mas com o tempo e o andamento da produção, jogamos vários jogos como Ori e também Rayman e essa ideia principal evoluiu! Com todas as possibilidades gráficas disponíveis hoje em dia e todas as coisas legais que queríamos implementar, as coisas meio que vieram naturalmente.

Renan: Muitos jogos indies são inspirados por jogos antigos principalmente em aspectos gráficos e pelos controles. A equipe de criação se inspirou em algum jogo específico dos anos 90, por exemplo.

Nick: Como disse anteriormente, nós fomos muito inspirados pela série Ori, Rayman, Earthworm Jim além de muitos jogos da atualidade.

Renan: O leite parece ser o elemento principal do jogo, o que é estranho e divertido ao mesmo tempo. Por que leite? Como esse elemento é relevante para o jogo?

Nick: Bem, nós começamos pensando o jogo a partir de vacas, então obviamente, a próxima coisa a se pensar era o leite. As vacas e o leite são aspectos muito importantes da nossa história, cultura, economia e tradição, portanto nós tínhamos muitas informações e histórias para trabalhar no jogo. Além disso, quantos jogos você conhece que usa o leite como recurso? É um conceito muito legal e original.

Renan: O visual gráfico de Moo Lander é muito bonito e parece ter um papel especial no jogo como um todo. Você poderia nos contar mais sobre como surgiu a inspiração para compor esse visual?

Nick: Nós temos muito orgulho do que conseguimos produzir na parte gráfica! A verdade é que nós passamos por diferentes estágios de evolução e interação do visual e por isso conseguimos esse nível que atualmente temos. Foi um processo trabalhoso e uma conquista difícil.

Renan: O jogo apresenta quebra cabeças em estilo clássico que parecem ser bem difíceis em certas partes da campanha. A dificuldade é um aspecto importante para criar um jogo divertido e desafiador ou, em sua opinião, essa característica não é a mais importante em um projeto?

Nick: Os puzzles são uma parte importante sim, mas são um dos aspectos do jogo. Nós combinamos os cenários com os quebra cabeças a então adicionamos a exploração, o combate e tudo se articulou de forma muito boa no produto final. Então…sim, os puzzles são uma parte muito importante, mas não mais que a diversão, as batalhas ou a exploração.

Renan: Depois do lançamento de Moo Lander, a equipe tem planos de lançamentos futuros que você pode revelar com exclusividade? O que seria?

Nick: Depois do lançamento de Moo Lander, nós já temos uma DLC preparada para ser disponibilizada além de mais suporte à modalidade multiplayer. O multiplayer é uma parte muito importante do nosso jogo.

Renan: a E3 é uma ótima oportunidade para estar em contato com os fãs e a imprensa que é um importante aliado na divulgação do jogo. Como você descreve seu relacionamento com a mídia e com produtores de conteúdo ao redor do mundo?

Nick: As pessoas têm sido maravilhosas nessa E3. Nós tentamos ser o mais agradável possível e temos feito amizade com muitos jornalistas, fãs e criadores de conteúdo. A comunidade gamer é muito apaixonada, dedicada e solícita. De forma geral, as pessoas se sentem parte de uma grande família quando o assunto é vídeo games.

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