Análise | Watch Dogs: Legion traz tecnologia de ponta em Londres, mas peca no enredo

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Categoria: Games, PC, Review

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O novo Watch Dogs foi lançado ontem (29), agora com o foco total no grupo DeadSec, não mais em um personagem como nos anteriores, confira agora tudo que achamos do game.

Este é o terceiro game da série, mas ele é tratado de forma diferente, no primeiro, nos dois primeiros, a história está nos Estados Unidos e com dois protagonistas diferentes – Aiden Pearce em Chicago no WD 1 e Marcus em São Francisco em WD 2. Para a continuação, a Ubi levou uma abordagem bem diferente, continuamos seguindo os passos do grupo hacker Deadsec, mas desta vez, você pode recrutar qualquer NPC que está na cidade, não havendo apenas um protagonista, agora fica a cargo do jogador em fazer isto, vale lembrar que o game mudou totalmente a sua região, a aventura chegou à Europa, mais precisamente em Londres.

História

Em Watch Dogs: Legion, Londres está enfrentando seu pior momento. Em meio à crescente inquietação de uma cidade tomada pelo caos, uma entidade misteriosa conhecida como Zero-Day arma para que a resistência secreta underground DedSec seja acusada de realizar bombardeios coordenados em diversas partes de Londres. Neste cenário, criminosos oportunistas de todos os cantos da cidade tomam o controle do local e preenchem o vazio deixado pelos governantes derrotados. Como membros da Resistência DedSec, os jogadores enfrentarão sádicos, mercenários e cibercriminosos, entre outros inimigos, e precisarão estar prontos para diversas situações, além de recrutar novos companheiros na luta pela liberdade de Londres e para desvendar os segredos por trás do Zero-Day.

Com a história devidamente apresentada, vamos aos pontos importantes do game, ele foi projeto para o início da nova geração, já conseguimos notar alguns avanços em comparação aos jogos lançados ainda em 2020. Testamos o game na versão de PC e com tudo que tem direito, tanto o Ray Tracing quanto o DLSS da NVIDIA, o jogo rodou bem, no dia do lançamento, ainda saiu um patch que aperfeiçoou ainda mais a experiência, a forma que jogamos, será parecida com a que rodará nos consoles da nova geração, mas ainda acho que a versão do PC é a mais incrementada, já que você tem toda liberdade para escolher diversos pontos tanto da qualidade quanto do desempenho, os consoles ficam com algumas restrições quanto a isso.

A história como mostramos acima, mostra que a cidade está dividida entre as grandes corporações e nossos hackers da Deadsec, esta nova fórmula de não utilizar um protagonista, me deixou dividido durante a campanha, já adianto que levei em torno de 31 horas para finalizar a história principal, mas deixei algumas secundárias para me divertir até sair o multiplayer do game, que está marcado para o dia 3 de dezembro. Ter um personagem como principal é algo bacana, como tivemos nos dois anteriores, principalmente do primeiro, Pearce é um personagem amado pelos jogadores até hoje e ele terá uma história em Legion para quem adquirir o Passe de Temporada, estou curioso em ver em como será contada a história da participação dele neste game, já que na história, ele é uma lenda na Deadsec.

Jogabilidade

A jogabilidade foi algo que mudou em relação aos outros, a animação do personagem que você está controlando, recebeu diversos aprimoramentos e novos movimentos, mas deixou de lado o famoso parkour que Marcus tinha nas ruas de São Francisco, como você pode escolher qualquer pessoa na cidade, muitas delas são mais ágeis do que as outras, já que podemos jogar desde assassinos de aluguel, até mesmo idosos, para se misturar melhor na multidão, outra forma de concretizar suas missões, é escolhendo algum personagem que seja policial, aí você consegue invadir locais sem ser detectado, até mesmo médicos e pessoas que trabalham na construção.
Uma dica durante a sua jornada, é sempre ter um advogado, que com ele na equipe, seus membros ficam menos tempo na prisão e ter alguém que trabalha na área da saúde, para a recuperação de seus personagens seja mais rápida.

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Você pode escolher entre algumas dificuldades e uma das opções é a morte definitiva, nesta parte é bem divertida, já que se você entrar em algum confronto e seu personagem morrer, ele não vai para o hospital, aí se você gostava das habilidades dele, precisa procurar alguém com perfil similar para recrutar e dar continuidade em sua ação. Esta parte de recrutar é bem interessante, já que existem pessoas que são a favor da Deadsec, essas são mais fáceis de conquistar, já existem aquelas que são contra o movimento, com elas, você precisa realizar algumas missões secundárias para conquistar a confiança e trazer elas para sua equipe, para ser sincero, essa parte de recrutar é uma das mais divertidas do game, recomendo você marcar alguns possíveis recrutas e continuar explorando a cidade, no meio do caminho, você pode ajudar algum familiar dele ou até mesmo eliminar algum concorrente, aí ele vem automaticamente para sua equipe, seu personagem recebe uma ligação e pronto, já tem mais um novo membro para continuar evoluindo no seu game.

Os carros não foram melhorados, este sempre foi um calcanhar de Aquiles da franquia, com uma dirigibilidade dura e bem árcade, ela não teve uma evolução considerável em relação aos dois primeiros games, mas ela está um pouco melhor, a Ubisoft, acho até que ela sabia dessa deficiência, como o game se passa em Londres e a cidade tem uma ótima linha de metros, você pode usar eles para se locomover, ao invés de precisar dirigir do ponto A ao ponto B, então seu foco fica mais na ação durante sua exploração.

Vale lembrar que não existem mais as impressoras 3D para armas, agora cada personagem possui seu armamento e você consegue desbloquear pouca coisa neste quesito, vale a pena notar nas informações do personagem, qual arma ou qual habilidade ele já possui.

Explorações

O mapa também não foi tão aprimorado, não espere um mapa gigantesco, mas esta nunca foi à proposta do game, a Ubisoft sempre criou um mapa em menor escala, mas uma cidade totalmente viva e funcional, não é diferente em Legion, com uma cidade inteira na palma de sua mão, você pode acessar diversos pontos e qualquer veículo que esteja nela, mas como sempre, tome cuidado com a polícia e a empresa Albion com seus mercenários, eles podem dar muito trabalho, também não podemos esquecer os drones que são mandados para atazanar sua vida durante a jogatina, Londres está bonita e viva, com muitos veículos autônomos e drones realizando os mais diversos trabalhos, claro que você também pode utilizar esta tecnologia a seu favor.

Tecnologia

Toda a aba de tecnologia, é extremamente importante durante seu progresso, principalmente se estiver jogando em um nível de dificuldade mais alto, nela você escolhe as habilidades que seus personagens terão para conseguir vencer os desafios, algumas delas, você precisa além de desbloquear, também realizar o upgrade, a aranha robô é um ótimo parceiro para conseguir informações dos locais que você precisa invadir, ótimas também para liberar os terminais e abrir as portas, vale a pena dar uma atenção principal a ela, principalmente no início do seu gameplay, já as habilidades de hackear os drones, também são ótimas, principalmente se estiver com a morte definitiva ativada, pois os drones podem atacar em conjunto e a vida de seus personagens, não é grande, se tomar alguns disparos de curta distância, a morte chega rápido, durante nossa jornada, dei preferência em realizar a maioria das ações remotamente, se precisasse de algum contato, escolhia os personagens com maior habilidade de luta.

Trilha Sonora / Dublagem

Quando você entra em algum veículo, existem as rádios que noticiam algum evento que aconteceu na cidade e até mesmo alguma ação que você teve participação, é bem bacana acompanhar as noticias e é claro, escutar uma música durante seus trajetos.
Lembra do rapper Stormzy que apareceu em um vídeo muito bem feito do game? Ele tem sua participação e a missão é muito divertida e bem feita, a indústria de games está misturando junto com outras mídias, como a música, trazendo ótimos resultados.

TRAILER STORMZY

Testamos o game tanto na dublagem original em inglês, quanto a nossa em PT BR, na versão em Inglês ficou muito boa, vimos o trabalho e refinamento que teve durante o processo e gostamos bastante do resultado, já em sua versão em português, achei que forçaram em algumas partes, principalmente em gírias atuais da internet que são conhecidas hoje em dia, mas que não se encaixam na Londres criada pela empresa, como não temos um protagonista e existe uma infinidade de personagens no game, foram muitas vezes usados os mesmos atores para diferentes dele, mudando apenas o tom da voz ou algo do tipo, algo que soou estranho durante nosso gameplay.

Vale a pena?

O game foi lançado no período de transição de geração de consoles, você consegue ter a experiência completa na versão de PC e nas futuras do Series S/X e PS5, não jogamos nos atuais consoles, mas a versão de PC estava bem bonita e funcional, se você for um fã da série Watch Dogs, vale a pena conferir o que a Ubi reservou para a franquia, pois ela mostra a evolução na história da Deadsec. O jogo trouxe alguns pontos que ficaram exagerados, mas é um titulo divertido.

Esse review foi testado em uma GeForce RTX gentilmente emprestada pela NVIDIA.

NOTA: 7,5

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